Promoção de ativos em mercados emergentes: Índice brasileiro atinge patamar de 129.000 pontos após repercutir atentado ao candidato à presidência dos EUA.
O mês de julho tem sido um período de reviravoltas para o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, que vinha registrando quedas ao longo do ano. Mesmo durante as férias escolares no Brasil e no hemisfério norte, os investidores continuaram atentos às oportunidades de investimento, aproveitando a baixa nos preços dos ativos de risco em mercados emergentes.
Essa movimentação no índice do mercado de ações brasileiro reflete a busca por oportunidades em meio à volatilidade, mostrando que mesmo em períodos de férias, o mercado financeiro não para. O Ibovespa tem sido um termômetro importante para os investidores, indicando as tendências e possíveis oportunidades de investimento no cenário econômico atual.
Novas altas do Ibovespa impulsionam mercado de ações brasileiro
Nesta segunda-feira, o índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, manteve seu desempenho positivo, atingindo sua 11ª alta consecutiva. A carteira teórica retornou ao patamar de 129.000 pontos, algo que não era visto desde 8 de maio. O Ibovespa registrou um aumento de 0,33%, alcançando os 129.321 pontos, com um avanço acumulado de 4,37% no mês. No entanto, no ano, o índice do mercado de ações brasileiro apresenta uma queda de 3,9%.
Nos Estados Unidos, as bolsas também apresentaram ganhos, refletindo o otimismo nos mercados emergentes. O volume de negociações atingiu R$ 11 bilhões, abaixo da média de R$ 16,7 bilhões nos últimos 12 meses.
O candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, foi alvo de um atentado no fim de semana. Esse evento teve um impacto limitado nos mercados, mas contribuiu para a valorização do dólar e o aumento dos juros. A fala do presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, também influenciou positivamente o mercado. Powell reiterou a importância de não esperar muito para iniciar cortes de juros, o que gerou confiança nos investidores.
A expectativa de redução das taxas de juros em setembro impulsionou o bom humor nos mercados. O dólar comercial subiu 0,26%, sendo negociado a R$ 5,44, acumulando uma queda de 2,56% no mês. No entanto, no ano, a moeda ainda mantém uma alta de 12,2% em relação ao real.
A semana promete volatilidade com os desdobramentos das eleições nos EUA, a inflação na Zona do Euro e a decisão de política monetária do banco europeu. A temporada de balanços também pode trazer instabilidade para a bolsa brasileira.
O indicador IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, ficou aquém das expectativas, o que pode impactar negativamente a economia. Porém, isso pode ser interpretado de forma positiva pelos investidores, indicando que a taxa básica de juros (Selic) não deve subir e pode até mesmo cair.
O Boletim Focus reduziu a perspectiva de inflação para este ano, mas aumentou a previsão para 2025, preocupando o Banco Central do Brasil. As projeções para o dólar também foram ajustadas, saindo de R$ 5,20 para R$ 5,22, o que representaria uma queda em relação à cotação atual da moeda.
Para compreender o retorno do Ibovespa após atingir os 119 mil pontos em junho, é importante considerar eventos recentes que impulsionaram o índice. Powell alertou sobre os riscos de manter juros altos por muito tempo, enquanto o Ministro Fernando Haddad indicou possíveis medidas econômicas futuras.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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