Sinergia entre negócios impulsiona cenário competitivo com transação da Enauta e movimento de M&As no campo de atuação e infraestrutura de gasodutos.
A fusão entre 3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3), divulgada recentemente, promete transformar o cenário das ‘junior oils’ no Brasil, gerando expectativas positivas no mercado.
Essa combinação estratégica representa um marco para as empresas de petróleo menores, impulsionando o crescimento e a competitividade das companhias de petróleo emergentes no setor de energia. As possibilidades resultantes dessa associação entre junior oils trazem um novo horizonte para o mercado petrolífero nacional, demonstrando inovação e visão de futuro.
Impacto do Movimento de M&A nas Junior Oils
Com o recente movimento de consolidação entre a 3R Petroleum (RRRP3) e a Enauta (ENAT3), surge uma petroleira mais competitiva no mercado. Apesar disso, a empresa resultante ainda enfrenta o desafio de aumentar sua receita, que representa menos de 60% da principal rival do setor, a Prio. Uma das vantagens significativas dessa fusão é a ampliação do campo de atuação das empresas, que agora possuem presença tanto em alto mar quanto onshore, permitindo a geração de sinergias com ativos de infraestrutura, gasodutos e a refinaria Clara Camarão no Rio Grande do Norte.
Esse movimento também cria um cenário desafiador para as petroleiras menores, como a PetroReconcavo (RECV3), que se veem pressionadas a buscar alternativas após o insucesso na tentativa de união com a 3R em março. A transação com Enauta é percebida como mais coerente e promissora para o negócio dessas empresas emergentes do setor.
A consolidação entre 3R e Enauta vem em meio a um cenário de mudanças significativas no mercado de petróleo, especialmente para as junior oils. Essas empresas surgiram com força durante o plano de desinvestimentos da Petrobras nas gestões passadas, mas enfrentaram desafios com os congelamentos atuais de planos da petrolífera estatal.
Diante da falta de oportunidades de aquisições e a pressão por rentabilidade, as companhias menores buscam se reinventar para enfrentar esse novo panorama. O movimento intenso de M&As que está se desenhando representa um novo ciclo para as junior oils, sinalizando possíveis consolidações adicionais no mercado.
A junção entre 3R e Enauta resulta em uma empresa com um valor de mercado substancial, de R$ 15,8 bilhões, conforme dados recentes. Esse número representa mais que o dobro do valor da PetroReconcavo, a qual vale atualmente R$ 6,3 bilhões. Enquanto a Prio, segunda maior do setor, se destaca com uma avaliação de R$ 41,8 bilhões, demonstrando a relevância adquirida pela consolidação no setor petrolífero.
Em relação à operação em si, a combinação dos negócios entre 3R e Enauta envolve a participação da Maha Energy Offshore e a incorporação das ações da Enauta pela 3R. Posteriormente à fusão, a nova estrutura acionária da 3R será composta por 53% dos acionistas da 3R e 47% dos acionistas da Enauta. A conclusão da operação é esperada para o primeiro semestre, prometendo mesclar forças e recursos para criar uma petroleira ainda mais competitiva no mercado.
Fonte: @ Info Money
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