Diana Rosa Stanesco Vuletic, milionário golpe: estelionato, extorsão, roubo, associação criminosa. Prisão: primeira instancia. Golpe “Sol Poente”: acusados: quatro. Ressarcimento: total do golpe. Búzios, cartas, Oxóssi, pagamentos. Mãe Valéria de: instância quatro, condenada por extorsão, estelionato, roubo, associação criminosa.
Nesta terça-feira (14), a Polícia Civil do Rio de Janeiro deteve Diana Rosa Stanesco Vuletic. A mulher de 39 anos estava em fuga por participação em uma fraude milionária contra Geneviève Boghici, viúva de Jean Boghici, que faleceu em 2015 e era reconhecido como um dos mais destacados colecionadores de arte no Brasil. A falsa vidente foi capturada em sua residência, onde tentava se esconder da justiça.
A falsa vidente Diana Rosa Stanesco Vuletic enganou Geneviève Boghici com promessas de prosperidade e boa sorte, conseguindo assim acesso aos bens da viúva. A prisão da criminosa marca o desfecho de uma investigação minuciosa que revelou a extensão da fraude cometida. A vidente agora enfrentará as consequências de seus atos e responderá perante a lei pela sua conduta criminosa.
Operação Sol Poente desmantela quadrilha de falsa vidente
Uma operação policial denominada ‘Sol Poente’ resultou na prisão de Diana por estelionato, extorsão, roubo e associação criminosa em primeira instância. A falsa vidente foi condenada a cumprir uma pena de 45 anos e nove meses de prisão por enganar uma idosa. No momento da captura, Diana estava desfrutando da praia de Grumari, localizada na zona oeste da capital carioca. Ao ser abordada pelas autoridades, ela não ofereceu resistência à prisão.
Os demais integrantes da quadrilha já haviam sido detidos anteriormente. Eles foram sentenciados por crimes como estelionato, extorsão, roubo, sequestro, cárcere privado e associação criminosa. A ação da polícia, que culminou na prisão dos acusados, ocorreu em 2022 como parte da operação ‘Sol Poente’. Diana foi a que recebeu a menor sentença, enquanto os outros condenados enfrentarão penas que variam de sete a 13 anos de detenção.
Além das penas de prisão, os quatro acusados terão que ressarcir a vítima em R$ 421 milhões, sendo que já foram recuperados R$ 303 milhões do montante total do golpe. Propriedades e veículos adquiridos com o dinheiro proveniente dos crimes, que estavam registrados em nome dos condenados e seus familiares, foram confiscados. O valor total do golpe inclui 16 obras de artistas renomados, joias roubadas e pagamentos obtidos sob coerção da vítima.
Detalhes da fraude e a atuação da falsa vidente
Segundo as investigações, o golpe teve início em janeiro de 2020, quando Geneviève foi abordada por Diana em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. A falsa vidente afirmou ser capaz de prever o futuro e alegou que a filha de Geneviève, Sabine, estava em perigo. Convencida pelas supostas habilidades de Diana, Geneviève foi levada a um apartamento onde búzios foram lançados, confirmando a previsão trágica.
Posteriormente, Diana conduziu Geneviève a uma segunda vidente, Jacqueline Stanesco, para supostamente realizar uma cura. Durante a consulta, Jacqueline obteve informações sobre os bens da idosa, levantando suspeitas. Em seguida, Geneviève foi levada a uma terceira cartomante, Rosa Stanesco Nicolau, conhecida como Mãe Valéria de Oxóssi, que alegou que a filha de Geneviève estava sob influência de um espírito maligno.
A falsa vidente exigiu pagamentos para realizar a suposta cura, totalizando R$ 5 milhões em pouco mais de dez dias. Os valores foram transferidos para contas vinculadas aos parentes de Diana. A filha de Geneviève isolou-a do convívio social e dispensou os funcionários da casa, intensificando as desconfianças da idosa. Sabine passou a agredir e ameaçar Geneviève, além de negar-lhe alimentação, em uma tentativa de forçá-la a realizar os pagamentos exigidos.
Fonte: @ Hugo Gloss
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