Em 2023, 30% de brasileiros com conta em bancos digitais investiram (Anbima/Datafolha). Faixa de 6mil entrevistados. Maioria eram classe A/B, regiões variadas. No ano anterior, 30% dos faixa de 16-27 anos (geração Z) investiu. Tipos: poupanca, moedas digitais, fundos, aplicativos (bancos digitais). Forma mais usada: sem agência física. 2022: 43%, igual bancos tradicionais. Público investidor: mais relevo entre instituições financeiras em geral. Quem não investiu perguntou sobre titles privados, crescimento em comparacão.
A porção de brasileiros que tem conhecimento e realiza investimentos por meio dos bancos digitais cresceu em 2023 em relação a 2022, conforme revelou a pesquisa ‘Perfil do Investidor Brasileiro’, elaborado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o instituto de pesquisas Datafolha e divulgado neste dia 30.
A ascensão dos bancos digitais como opção para serviços financeiros tem impactado significativamente o mercado, desafiando as instituições financeiras digitais mais tradicionais. A comodidade e a agilidade oferecidas pelos bancos online vêm atraindo cada vez mais clientes em busca de praticidade nas operações bancárias.
Expansão do Uso dos Bancos Digitais no Brasil
De acordo com as informações levantadas pelas instituições financeiras digitais e os bancos online, quase 6 mil brasileiros de diversas classes sociais e regiões variadas foram entrevistados. Revelou-se que a familiaridade com as instituições financeiras em geral, com ou sem agência física, é alta, sendo mencionada por 89% dos entrevistados. Já os bancos digitais ganharam destaque, com 33% das pessoas afirmando conhecê-los, o que representa um aumento considerável em relação aos 24% do ano anterior.
O crescimento no uso de bancos digitais é um fenômeno que se manifesta tanto entre o público investidor, com 40% apontando sua preferência em 2023, comparado a 33% em 2022, quanto entre aqueles que não investem, alcançando 28% em 2023, ante 19% em 2022. Dentre as classes sociais, a A/B se destaca como a que mais indica conhecimento em relação aos bancos digitais, com 46% das menções em 2023, frente a 35% em 2022, seguida pela classe C, que evoluiu para 34% em 2023, em comparação com 25% no ano anterior.
A pesquisa conduzida pela Anbima e pelo Datafolha também questionou os entrevistados sobre em quais tipos de instituições financeiras possuem conta corrente, conta digital ou poupança. A maioria expressiva (69%) revelou ter conta em banco tradicional, mantendo-se igual ao índice de 2022, enquanto 40% afirmaram usar bancos digitais, evidenciando um aumento em relação aos 36% do ano anterior.
Destaca-se a geração Z, faixa etária de 16 a 27 anos, como a que mais adere aos bancos digitais, com 66% dos entrevistados possuindo conta nesse tipo de instituição financeira. Dentre aqueles com conta em banco digital, 30% realizaram investimentos em 2023, sendo a poupança a opção mais popular (23%), seguida por títulos privados (9%), moedas digitais (8%) e fundos de investimento (7%).
Os aplicativos disponibilizados pelos bancos surgem como a maneira mais utilizada pelo público para investir, sendo adotados por 45% dos entrevistados, representando um crescimento em relação aos 43% em 2022. A classe A/B se destaca pelo uso desses aplicativos, com quase metade (49%) optando por essa plataforma para suas operações financeiras.
No entanto, a consulta presencial ainda se mantém como o meio favorito (28%) para decidir sobre o melhor produto financeiro, sendo seguido pela busca por recomendações de amigos ou familiares (18%).
Fonte: @ Valor Invest Globo
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