Novo dispositivo de neuromodulação controla nervos da ereção em pacientes com disfunção sexual após prostatectomia. Alternativa aos medicamentos orais.
A implantação de um novo dispositivo, chamado de CaverSTIM, mostrou-se eficaz na melhora da disfunção erétil em testes clínicos iniciais. O implante é colocado próximo à base do pênis, proporcionando resultados positivos em pacientes que não obtiveram sucesso com os tratamentos convencionais para disfunção erétil.
Além de ajudar na disfunção sexual masculina, o CaverSTIM também tem se mostrado promissor no combate à impotência. Com avanços tecnológicos como este, novas alternativas estão sendo desenvolvidas para proporcionar melhores soluções para os pacientes que sofrem com problemas de ereção.
Estudos clínicos com neuromodulação para tratamento da disfunção erétil
Os primeiros ensaios estão sendo realizados no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, no ABC Paulista, em pacientes com lesão medular. A startup de tecnologia médica Comphya desenvolveu um aparelho que utiliza a neuromodulação para tratar a disfunção erétil, uma abordagem inovadora nesse contexto.
A ativação do dispositivo por controle remoto sem fio fornece estímulos elétricos controlados e indolores, melhorando a função dos nervos envolvidos na ereção. O urologista Sidney Glina, um dos coordenadores dos estudos clínicos, explica que em pacientes tetraplégicos, por exemplo, o dispositivo atua fornecendo o estímulo elétrico para possibilitar o controle da ereção.
Essa inovação busca oferecer uma alternativa segura, confortável e eficaz para os pacientes em comparação a opções mais invasivas, como injeções locais e implantes penianos, aumentando a qualidade de vida dos indivíduos com disfunção erétil.
Benefícios da neuromodulação na função sexual e na evacuação
Os resultados preliminares dos ensaios clínicos têm sido positivos, com relatos de melhora na função sexual e maior sensibilidade na região peniana. Além disso, os estímulos do neuromodulador no assoalho pélvico têm auxiliado na evacuação e na continência urinária, trazendo benefícios adicionais para os participantes dos estudos.
De acordo com estatísticas globais, aproximadamente 30% das pessoas com disfunção sexual não respondem aos tratamentos orais, tornando essa nova tecnologia uma esperança para grupos específicos, como pacientes com lesão medular ou que passaram por prostatectomia.
Perspectivas e avanços no tratamento da disfunção erétil
Três pacientes brasileiros com lesão medular já receberam o implante com sucesso, sendo que mais 17 voluntários devem passar pelos testes clínicos até a metade do ano. Os resultados preliminares são promissores, destacando o potencial do dispositivo em melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes com disfunção erétil.
Novas abordagens, como o gel Eroxon e a droga Prosoy, também estão surgindo como alternativas aos tratamentos tradicionais, oferecendo mais opções para aqueles que lidam com a disfunção erétil. A constante evolução da tecnologia médica traz esperança para uma melhora cada vez maior na função sexual e na qualidade de vida dos pacientes.
Fonte: @ Veja Abril
Comentários sobre este artigo