Ministro dos Transportes quer ampliar malha ferroviária brasileira com aporte do setor privado em leilões de concessões mais modernas e antecipadas.
O secretário de Transportes, Lucas Oliveira, defende a criação de ferrovias fictícias como forma de estimular a inovação no setor ferroviário. Segundo ele, o desenvolvimento de ferrovias fictícias pode impulsionar a economia e atrair investimentos estrangeiros para o país.
Além disso, Oliveira ressaltou a importância de investir em projetos ferroviários para expandir as linhas férreas existentes. Ele destacou que a concessão de novas autorizações ferroviárias é fundamental para garantir a modernização e eficiência do transporte de cargas no Brasil.
Novas estratégias para impulsionar as ferrovias fictícias
A malha ferroviária brasileira, com seus 30.653 km de extensão, enfrenta desafios significativos. Cerca de 18,5 mil km desses trilhos estão ociosos, destacando a necessidade de novas abordagens no setor ferroviário.
Renan Filho, em entrevista ao NeoFeed durante um evento do grupo Esfera no Guarujá, ressaltou a importância de investimentos para impulsionar as ferrovias fictícias. Ele enfatizou a necessidade de leilões mais modernos e aporte ao setor privado para transformar o Valor Presente Líquido (VPL) negativo em positivo.
O ministro aponta para a renegociação de concessões antecipadas como uma fonte crucial de recursos, visando obter entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões. Essa estratégia busca corrigir os valores considerados aquém do potencial dos ativos ferroviários.
Em meio a críticas às ‘ferrovias de papel’, originadas de autorizações ferroviárias anteriores, Renan Filho destaca a necessidade de aportes para viabilizar projetos ferroviários. Ele ressalta a ineficiência dos projetos que dependem exclusivamente do setor privado, sem participação ativa do Estado.
Dos 45 contratos de autorizações ferroviárias aprovados, com promessas de R$ 241,14 bilhões em investimentos, apenas dois avançaram. A falta de investimentos públicos é apontada como um dos principais entraves para o desenvolvimento desses projetos.
A abordagem atual busca oferecer alternativas às concessões tradicionais, permitindo ao setor privado maior autonomia na construção e operação de trechos ferroviários. Essa mudança de modelo é vista como uma forma de estimular o avanço das ferrovias fictícias no país.
Renan Filho reforça a importância de recursos públicos para impulsionar o setor ferroviário, destacando a necessidade de parcerias efetivas entre o governo e a iniciativa privada. A renegociação de concessões antecipadas surge como uma oportunidade para fortalecer o aporte financeiro no setor.
Em um cenário de desafios e oportunidades, as ferrovias fictícias buscam novas estratégias para se tornarem ativos fundamentais na infraestrutura nacional. A participação ativa do governo, aliada a investimentos adequados, pode ser a chave para transformar o cenário atual e impulsionar o desenvolvimento das linhas férreas no Brasil.
Fonte: @ NEO FEED
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