Estudo de Harvard revela: busca incessante pela felicidade está em relacionamentos surpreendentes, não em genética ou fama.
O mistério da felicidade é algo que intriga a todos e está presente em todas as culturas ao longo da história. Desde tempos remotos, as pessoas se questionam sobre o que as faz verdadeiramente felizes e como alcançar esse estado de plenitude. Na contemporaneidade, a busca pela felicidade ganha novos contornos e se expande para diferentes áreas do conhecimento.
Além disso, a alegria e o bem-estar são aspectos essenciais para uma vida plena e satisfatória. Encontrar um equilíbrio entre os desejos pessoais e as necessidades coletivas é fundamental para alcançar o tão almejado estado de felicidade. É preciso cultivar a felicidade no dia a dia e valorizar os momentos de contentamento para construir uma vida mais significativa e harmoniosa.
Em busca da felicidade: o estudo grandioso de Harvard
Realizado há alguns anos, um extenso estudo de Harvard, com quase 80 anos de duração, teve como objetivo principal desvendar os segredos da felicidade. Iniciado em 1938, o estudo acompanhou de perto a saúde de 268 estudantes de Harvard e, posteriormente, de seus descendentes. Analisando os dados até meados dos anos 2010, que incluíam informações de mais de 1.300 descendentes, os pesquisadores examinaram minuciosamente as trajetórias de saúde dos participantes ao longo de suas vidas, levando em consideração suas escolhas, acertos e erros nas áreas profissional e matrimonial.
A incessante busca pela felicidade foi o mote central desse estudo de longa duração, que se tornou uma referência no campo da psicologia. Os filósofos propuseram diversas teorias ao longo dos séculos, mas foi por meio desse estudo pioneiro que se avançou significativamente no entendimento do que realmente importa para alcançar a tão almejada felicidade.
Uma das descobertas mais marcantes desse estudo monumental foi a constatação de que os relacionamentos próximos desempenham um papel crucial na promoção de uma vida saudável e satisfatória. Mais do que a riqueza, a fama ou mesmo fatores genéticos, a qualidade das conexões interpessoais se revelou como o verdadeiro alicerce da felicidade.
‘A alegria de viver está intrinsecamente ligada à qualidade dos nossos relacionamentos e à nossa capacidade de cultivar laços significativos’, afirmou Robert Waldinger, renomado professor de psiquiatria na Harvard Medical School e diretor do estudo. ‘Cuidar do seu bem-estar físico é fundamental, mas cuidar das suas relações interpessoais é uma forma essencial de autocuidado. Essa é, sem dúvida, a grande descoberta.’
Os pesquisadores também destacaram que a solidão pode ter um impacto tão prejudicial quanto o tabagismo ou o alcoolismo na saúde mental e física. Aqueles que mantiveram laços sociais sólidos e significativos ao longo dos anos experimentaram menos declínio cognitivo e físico com o passar do tempo.
Ao longo das décadas de estudo, ficou evidente que os relacionamentos desempenham um papel fundamental no bem-estar e na longevidade. Os casamentos felizes e as relações familiares e comunitárias harmoniosas foram identificados como fatores protetores para a saúde mental, especialmente em idades avançadas.
Mesmo diante de desafios físicos, indivíduos envolvidos em relacionamentos satisfatórios relataram menores níveis de sofrimento emocional, ressaltando a importância do apoio emocional mútuo. ‘Os laços afetivos não apenas protegem nossos corpos, mas também preservam nossos cérebros’, enfatizou Waldinger em sua palestra no TED. ‘E esses laços não precisam ser perfeitos o tempo todo. Alguns dos casais octogenários que estudamos podiam discordar diariamente, mas desde que soubessem que podiam contar um com o outro nos momentos difíceis, essas divergências não afetavam suas memórias.’
Assim, os resultados desse estudo de Harvard têm implicações profundas para o processo de envelhecimento, sugerindo que o cuidado com as relações interpessoais é um dos pilares essenciais para uma vida plena e feliz. Afinal, a verdadeira felicidade reside na qualidade dos nossos vínculos emocionais e na capacidade de nutrir conexões significativas ao longo da jornada da vida.
Fonte: @ Minha Vida
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