Cannabis e ketamina são promissoras no tratamento de dor crônica em pacientes oncológicos. Reduzem dor em doses menores de ketamina.
No âmbito do tratamento da dor no câncer, novas alternativas têm surgido para auxiliar na busca pelo alívio dos pacientes. Além das terapias convencionais, como a morfina, substâncias como a cannabis e a ketamina tornam-se cada vez mais relevantes. Essas opções promissoras vêm ganhando destaque nos debates sobre o tratamento da dor oncológica, ampliando as possibilidades para uma abordagem mais abrangente e eficaz.
O manejo da dor no câncer é uma questão crucial para garantir o bem-estar dos pacientes, e a busca por soluções inovadoras reflete o compromisso com o cuidado integral. Nesse sentido, estratégias que combinam diferentes abordagens, como aquelas que envolvem a cannabis e a ketamina, mostram-se cada vez mais relevantes para o alívio da dor em pacientes de câncer. Dessa forma, a diversificação de opções terapêuticas apresenta-se como um caminho promissor para aprimorar a qualidade de vida e o conforto dos indivíduos em tratamento.
Novas Abordagens no Tratamento da Dor no Câncer com Substâncias Inovadoras
Os extratos de cannabis têm se destacado como opções promissoras no tratamento da dor oncológica e de outros sintomas desafiadores enfrentados por pacientes com câncer. O geriatra Felipe Gusman, especialista em cuidados paliativos do Hospital Copa Star, enfatizou a eficácia desses extratos na gestão da dor, da fadiga e da perda de apetite durante um evento recente.
De acordo com Gusman, o sistema endocanabinoide do corpo humano interage com o CBD e o THC da cannabis, proporcionando efeitos semelhantes aos da endorfina. Enquanto o CBD tem sido amplamente aceito na medicina, estudos apontam que doses puras dessa substância podem não ser tão eficazes no alívio da dor. Nesse sentido, a combinação de pequenas doses de THC e de outros componentes da planta, como o CBG, se mostrou mais benéfica.
Embora o uso de extratos de cannabis seja considerado uma alternativa ao uso de morfina, Gusman destaca a importância do monitoramento dos níveis de THC para garantir a segurança e eficácia do tratamento da dor em pacientes com câncer. A cannabis, segundo ele, não é uma solução universal, mas sim uma ferramenta a ser usada com cautela e individualização.
Explorando Novas Alternativas no Manejo da Dor no Câncer
Além da cannabis, a ketamina também surge como uma opção promissora no alívio da dor em pacientes oncológicos. O anestesista Nivaldo Villela compartilhou durante o mesmo evento perspectivas positivas em relação ao uso da ketamina, destacando sua capacidade de reduzir a incidência da dor e, consequentemente, a necessidade de opioides.
Estudos têm demonstrado que a ketamina pode ser eficaz em doses menores, evitando assim possíveis efeitos indesejados associados a doses mais elevadas. Villela ressalta a importância de superar preconceitos e avançar nas investigações sobre o uso da ketamina no tratamento da dor no câncer, em um momento que demanda novas abordagens terapêuticas.
Tanto a ketamina quanto os extratos de cannabis representam avanços significativos no manejo da dor em pacientes oncológicos, oferecendo alternativas interessantes à abordagem convencional com opioides. A individualização do tratamento, a busca por dosagens adequadas e o acompanhamento próximo dos pacientes são essenciais para otimizar os benefícios dessas opções terapêuticas no alívio dos sintomas em casos de níveis elevados de dor decorrente do câncer.
Fonte: @ Metropoles
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