Taxa de juros alta na autoridade monetária americana influencia mercado, taxa de desemprego e fluxo de capital estrangeiro, dólar recua 0,47% para R$ 5,462.
O dólar acentuou a queda após o BC americano anunciar o corte de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, o que gerou uma grande expectativa entre os investidores. A decisão do BC americano foi vista como um sinal de que a economia dos EUA pode estar começando a desacelerar, o que pode afetar a taxa de juros no Brasil.
No entanto, logo após a decisão, o dólar diminuiu os ganhos e voltou a cair mais próximo do ritmo anterior à decisão. Ao final da sessão, a moeda americana recuava 0,47%, cotada a R$ 5,462. A taxa de desemprego nos EUA também é um fator importante a ser considerado. Investidores seguem na expectativa sobre a decisão de juros no Brasil, que pode ser influenciada pela taxa de juros nos EUA e pela taxa de desemprego no país. A decisão do BC brasileiro pode ter um impacto significativo no mercado financeiro.
Impacto dos Juros no Mercado
A estabilidade do dólar em relação às moedas pares é um reflexo da mudança de foco da autoridade monetária em garantir o pleno emprego no país, segundo André Valério, economista sênior do banco Inter. Em comparação com as projeções econômicas de junho, a maioria do comitê vê agora riscos mais sérios de alta para a taxa de desemprego, o que levou a uma decisão de corte mais intenso nos juros.
A preocupação era que um corte inicial de 0,50 ponto percentual pudesse passar a mensagem de que o Fed sabe mais que o mercado e prevê uma piora da economia. No entanto, na visão de Valério, Powell tentou tranquilizar os ânimos durante a coletiva de imprensa, afirmando que a decisão de hoje é uma recalibração, dado o progresso com a inflação e a mudança nos riscos. O presidente da autoridade monetária não deu projeções mais firmes e deixou as possibilidades em aberto para se mover mais rápido ou devagar em direção à taxa vista como neutra.
Projeções e Expectativas
As projeções indicam que o Fed irá cortar mais 0,50 ponto percentual até o fim do ano, o que o economista espera que seja feito em doses de 0,25 ponto percentual em cada uma das duas reuniões até o fim do ano. Os dados apontam que o Fed acredita estar próximo de alcançar o tão almejado pouso suave da economia, com a inflação em 2,3% até o fim do ano e o PIB mantendo crescimento robusto ano que vem e a taxa de desemprego estabilizada em 4,4%.
A expectativa de maior fluxo de capital estrangeiro tem contribuído para a queda do dólar, aponta Elson Gusmão, diretor de câmbio da corretora Ourominas. Além disso, a autoridade monetária brasileira deve elevar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, o que diminuirá a diferença das taxas entre os dois países e valoriza o real. Essa mudança nos juros pode ter um impacto significativo no mercado americano e na economia global.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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