Anvisa suspensou 361 Ypê detergentes lotes: odor alterado, amostras potencialmente contaminadas, microbiológica, desvio de especificações, recolhimento voluntário, fabricação, limites e critérios de qualidade.
No último sábado, 11, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou a interrupção da venda, da circulação e da aplicação de vários lotes do sabão Ypê, produzido pela companhia Química Amparo, devido à possibilidade de contaminação.
O produto foi considerado impróprio para consumo, devido ao risco de contaminação por micro-organismos, o que levou à ação imediata da Anvisa para garantir a segurança dos consumidores. A contaminação por micro-organismos pode representar sérios riscos à saúde pública, exigindo medidas rigorosas para evitar danos maiores.
Alerta de Contaminação Microbiológica: Fabricante Inicia Recolhimento Voluntário de Produtos
Uma recente decisão, divulgada no Diário Oficial da União, foi motivada por uma preocupante ‘contaminação microbiológica’. A empresa fabricante emitiu uma nota esclarecendo que em determinados lotes específicos, foi identificada ‘a possibilidade de alteração em seu odor tradicional, sem representar qualquer perigo à saúde ou segurança do consumidor, embora seja perceptível ao olfato em alguns casos’. A Química Amparo ressaltou que não há proibição de venda do produto, mas sim um bloqueio e recolhimento exclusivo dos lotes mencionados.
A Anvisa confirmou que o recolhimento voluntário dos produtos específicos já foi iniciado pela fabricante do detergente. Segundo o órgão regulador, a contaminação foi detectada em todas as variações dos detergentes Ypê Clear Care, Coco, Capim Limão, Limão, Maçã e Neutro, produzidos nos meses de julho, agosto, setembro, novembro e dezembro de 2002, com lotes finalizados por 1 ou 3.
Os Perigos da Contaminação Microbiológica
É fundamental compreender os riscos associados à ‘contaminação microbiológica’ em produtos de limpeza, como detergentes. A presença de micro-organismos nesses produtos pode acarretar em perigos, dependendo do tipo e quantidade de bactérias presentes. Por exemplo, ao utilizar um detergente contaminado para lavar utensílios de cozinha, os micro-organismos são transferidos para esses objetos. Posteriormente, durante o preparo ou consumo de alimentos, esses micro-organismos podem ser novamente transferidos, aumentando o risco de intoxicações alimentares ou infecções gastrointestinais.
O consultor de microbiologia e infectologia do Grupo Fleury, Matias Chiarastelli Salomão, esclarece que todos os produtos, sejam químicos ou alimentícios, devem seguir padrões específicos de controle de qualidade. Por exemplo, na água, são estabelecidos limites máximos para a quantidade de bactérias permitida antes de ser considerada imprópria para consumo humano. Da mesma forma, detergentes passam por testes com critérios específicos para garantir sua pureza e ausência de contaminação.
Portanto, quando mencionamos a ‘contaminação microbiológica’, estamos nos referindo à detecção de micro-organismos em quantidades superiores às permitidas na regulamentação, ou à presença de uma espécie específica que não deveria estar presente no produto. Essa situação pode ser resultado de diversos fatores, que vão desde condições inadequadas de armazenamento até falhas nos processos de fabricação.
Fonte: @ Estadão
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