Jovem startup BeConfident levantou pouco dinheiro na primeira rodada com ajuda de mentor e investidores-anjo de peso, incluindo André Penha.
Aos 24 anos, o empreendedor Robson Amorim poderia facilmente ser confundido com um estudante de Stanford enquanto circulava pelos corredores do Google em um dos dias do Brazil at Silicon Valley (BSV), em evento realizado na Califórnia no início de abril.
Investir em novos projetos e aplicar recursos em ideias inovadoras é uma prática essencial para impulsionar o desenvolvimento de startups. Muitos empreendedores buscam aportar capital em negócios promissores e financiar iniciativas que tragam retorno no longo prazo.
Investir em Inovação: O Sucesso da BeConfident
Durante as trocas de ideias com outros empreendedores e financiadores, o jovem empreendedor compartilhava sobre a BeConfident, startup que fundou com três sócios no ano anterior e que utiliza inteligência artificial para facilitar o aprendizado de idiomas. ‘Como você aprendeu a falar inglês?’, indagava ele, mostrando todo o potencial da empresa. O discurso de Amorim, mesmo que preparado, trouxe resultados notáveis nos últimos meses.
Entre janeiro e abril deste ano, a BeConfident arrecadou um pouco mais de R$ 2,5 milhões em uma rodada pré-seed, destacando-se não apenas pela injeção financeira, mas também pelos investidores envolvidos. A primeira financiadora do negócio foi a Latitud, demonstrando interesse mesmo quando a captação não estava nos planos imediatos.
‘Não tínhamos a intenção de captar naquele momento, mas nossa mentora queria se envolver’, revela Amorim em uma conversa com o NeoFeed. Essa mentora era Gina Gotthilf, uma das idealizadoras da empresa que se autodenomina um ecossistema de inovação. Gotthilf, ex-vice-presidente do Duolingo, contribuiu significativamente para o crescimento da plataforma, o que a tornou a pessoa ideal para orientar a BeConfident.
A chegada da Latitud foi fundamental para que a BeConfident ganhasse confiança e buscasse novos investidores. Num curto período de menos de três meses, a startup educacional atraiu mais de 20 investidores-anjo renomados, como André Penha (QuintoAndar), Benjamin Gleason (Kamino), e outros nomes influentes do cenário empreendedor brasileiro.
Para viabilizar o aporte, Amorim precisou diluir a participação da empresa entre 7% e 8%, com uma avaliação do negócio em US$ 8 milhões. A startup já gerou cerca de R$ 2,5 milhões em receita e mantém um crescimento de 10% semanal. Além disso, declara ser lucrativa desde o início, planejando expandir com recursos próprios.
O modelo de negócio da BeConfident é baseado na venda de acesso ao tutor de inteligência artificial, disponível via chamadas de voz e vídeo no WhatsApp, e em breve, por meio de um aplicativo próprio em desenvolvimento. O plano anual está precificado em R$ 800. Em vez de apenas fornecer aulas ou repetir frases, o tutor de IA da BeConfident procura engajar o aluno em diálogos sobre temas do dia a dia, visando estabelecer uma conexão mais próxima.
A inspiração para criar um tutor de IA surgiu das experiências dos fundadores ao tentar aprender inglês. Amorim fundou a empresa juntamente com seus amigos de longa data, Luan Oliveira Cavallaro, Felipe Oliveira Silva e Felipe Tiozo, unidos desde os 10 anos de idade por competições de robótica no Brasil e no exterior. A BeConfident está pronta para investir no seu crescimento e no fortalecimento do seu papel como revolucionária no mercado de edtech.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo