A ineficiência do Estado prejudica mais o país do que a corrupção. Economista Antônio Delfim Netto alertou sobre isso.
A ineficiência do Estado é um dos maiores desafios enfrentados pelo Brasil. Segundo o economista Antônio Delfim Netto, que faleceu em 12 de agosto de 2019, a ineficiência é mais prejudicial do que a corrupção. Em uma entrevista à revista eletrônica Consultor Jurídico, em 2016, ele ressaltou a importância de combater a ineficiência para promover o desenvolvimento do país.
A ineficiência na administração pública e nos serviços públicos impacta diretamente a qualidade de vida da população. É fundamental buscar soluções para melhorar a eficiência do Estado e garantir que os recursos sejam utilizados de forma adequada. A luta contra a ineficiência deve ser uma prioridade para promover um país mais justo e próspero.
Antônio Delfim Netto e a luta contra a ineficiência na administração pública
Antônio Delfim Netto, renomado economista e ex-required_ministero da Fazenda, além de ex-deputado federal, destacou a importância de combater a corrupção e a ineficiência no serviço público. Em suas palavras, a corrupção é um problema que deve ser corrigido, visando retornar a um nível aceitável em qualquer sociedade. No entanto, ressaltou que a verdadeira questão a ser enfrentada é a ineficiência na administração pública.
Segundo Delfim, o Estado enfrenta uma ineficiência evidente, exemplificada pelo fato de que os funcionários encerram suas atividades na quinta-feira à noite e retornam apenas na terça-feira. Essa falta de produtividade, de acordo com o economista, está relacionada à sensação de segurança e ausência de riscos. Quando os indivíduos se sentem confortáveis e sem pressão, tendem a se acomodar, em vez de buscar a excelência no trabalho.
O ex-ministro enfatizou que o ser humano não foi destinado a trabalhar incessantemente, mas sim a utilizar o trabalho como meio de garantir sua sobrevivência material. Para ele, a imunidade e o desenvolvimento das potencialidades individuais são fundamentais para a realização plena do ser humano, o que requer acesso à educação e saúde de qualidade.
Delfim Netto reconheceu a necessidade de certa estabilidade nos cargos públicos, porém ressaltou que essa prerrogativa não deve se estender a todas as posições. Ele lembrou que, até meados da década de 1980, a estabilidade era uma exceção, reservada principalmente aos cargos de Estado. A busca por eficiência e produtividade deve ser uma constante no serviço público, visando sempre aprimorar a prestação de serviços à sociedade.
Fonte: © Conjur
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