Campanhas de alerta promovem informações corretas através de entidades de apoio e instituições de saúde, minimizando impactos de notícias falsas.
Na semana dedicada ao Dia Mundial de Combate ao Câncer, torna-se indispensável que organizações e profissionais de saúde, assim como autoridades e a sociedade em geral, abordem a importância do diagnóstico precoce no tratamento da doença, aliado à disponibilidade de tratamentos eficazes. Além disso, é fundamental disseminar informações precisas e comprovadas para combater a disseminação de fake news, que infelizmente se espalham de forma rápida e prejudicial em diversos setores, destacando-se na área da saúde, onde representam um risco considerável para o bem-estar dos pacientes.
A disseminação de desinformação e notícias falsas prejudica diretamente a saúde pública, pois pode levar à decisões equivocadas sobre tratamentos e prevenção de doenças. Portanto, é imprescindível que a comunidade se una para combater ativamente a propagação de fake news, garantindo assim a segurança e a precisão das informações relacionadas à saúde de toda a população.
Combate às Fake News sobre Câncer
No que diz respeito ao câncer, uma enfermidade que gera receio e ainda é encarada por muitas pessoas como uma condenação à morte, a disseminação de informações assume um papel crucial. Não apenas alertando para os fatores de risco, medidas preventivas, métodos de diagnóstico e tratamentos eficazes contra a doença, mas também como um meio de auxiliar indivíduos, pacientes e seus familiares a lidar com a situação, minimizando os impactos tanto físicos quanto mentais.
Provavelmente devido a essa importância, um caso recente envolvendo a princesa de Gales, Kate Middleton, chamou consideravelmente a atenção, evitando a propagação de fake news. Além da natural relevância de sua posição real, a própria princesa decidiu gravar um vídeo revelando ao mundo que estava enfrentando o câncer, ação elogiada por seu marido, o Príncipe William.
Iniciativas Contra a Desinformação
Uma das atitudes louváveis que alertam sobre os perigos das fake news relacionadas ao câncer é a campanha ‘#CÂNCERTRUENEWS – Contra o câncer, não dê espaço para a desinformação’, promovida pelo Instituto Vencer o Câncer. Lançada estrategicamente em 1º de abril, conhecido como Dia da Mentira, para confrontar a disseminação intensa e irresponsável de informações falsas, que circulam especialmente nas redes sociais – principal veículo de propagação de notícias falsas, e amplamente difundidas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro – representando uma ameaça aos pacientes.
De acordo com uma pesquisa recente do Journal of the National Cancer Institute, 89% dos pacientes diagnosticados com câncer, ou que suspeitam estar com a doença, buscam informações adicionais na internet. O estudo destacou que um terço das postagens mais populares sobre tratamentos para o câncer nas redes sociais contêm informações incorretas.
Informações erradas e até mesmo falsas podem prejudicar a eficácia do tratamento, a qualidade de vida e as chances de sobrevivência dos pacientes. ‘É fundamental ressaltar a importância da base científica nas estratégias de combate ao câncer. As informações falsas podem comprometer o sucesso dos tratamentos’, afirma o oncologista Antonio Buzaid, um dos co-fundadores do Instituto Vencer o Câncer.
Importância da Veracidade da Informação na Jornada dos Pacientes
Por meio de mensagens como ‘Nem todo story ajudará na prevenção do câncer’, ‘Uma live não substitui os cuidados com a saúde’ e ‘Uma receita não é alternativa ao tratamento’, a campanha enfatiza a busca por conteúdo de qualidade, vital para a saúde. ‘Assim como a informação correta auxilia, a desinformação ou informações enganosas podem prejudicar vidas’, destaca o oncologista Fernando Maluf, também fundador do Instituto.
É imprescindível que a população compreenda que não há soluções milagrosas diante do câncer, como frequentemente veiculado nas redes sociais. ‘Com essa inciativa, ressaltamos a importância da qualidade da informação na jornada de todo paciente. É essencial que as entidades de apoio, as associações de especialidades médicas, as instituições de saúde e os poderes legislativo, executivo e judiciário se unam no enfrentamento dessa questão, minimizando assim os impactos negativos da desinformação e das fake news’.
Fonte: @ Veja Abril
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