No evento do Ministério da Saúde, gestores públicos discutiram medidas de controle da dengue, com foco em sorotipos, global e local.
A ocorrência da dengue preocupa autoridades de saúde em diversas regiões do mundo, sendo considerada um grave problema de saúde pública em mais de 100 países. Países das Américas, como o Brasil, Costa Rica, Guatemala, Honduras e México, enfrentam desafios constantes no controle e prevenção da dengue.
A epidemia de dengue é agravada pela transmissão do vírus através do mosquito Aedes Aegypti, contribuindo para a propagação das arboviroses em regiões tropicais e subtropicais. O controle eficaz do vetor é essencial para reduzir os casos de dengue e prevenir possíveis surtos, ressaltando a importância de medidas preventivas e de conscientização da população sobre os riscos da doença.
Debates sobre a Epidemia de Dengue e as Ações para Prevenção
Com o cenário global e local das arboviroses cada vez mais desafiador, discutir os desafios enfrentados pelos gestores públicos no combate à dengue foi o centro das atenções no colóquio ‘Avanços e Perspectivas no Enfrentamento à Dengue’, realizado recentemente na sede da Opas, em Brasília. O evento reuniu especialistas renomados e representantes da Opas e OMS, evidenciando a importância da troca de conhecimentos para lidar com a situação.
Durante o colóquio, a situação epidemiológica da dengue no país foi atualizada pela secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, que destacou as principais medidas de prevenção e controle da doença. As mesas de debates abordaram tanto o panorama epidemiológico quanto as estratégias para enfrentar a epidemia, com vozes como a do pesquisador Rivaldo Venâncio da Cunha, da Fiocruz, salientando a necessidade de uma abordagem mais abrangente para lidar com a enfermidade.
Representantes da Opas enfatizaram a constante luta contra o mosquito Aedes Aegipty, destacando a influência de fatores sociais e de saúde nesse desafio. A urbanização desordenada e as mudanças climáticas foram apontadas como elementos que contribuem para a propagação da dengue. O médico David Uip acrescentou uma reflexão sobre a evolução do combate à doença, ressaltando a importância de uma abordagem mais colaborativa e menos punitiva.
No período da tarde, a experiência de estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Ceará foi compartilhada, evidenciando as distintas abordagens no combate à dengue. Especialistas e pesquisadores também trouxeram à tona a dificuldade em lidar com a resiliência do Aedes Aegipty, conforme apontado pela professora Maria da Glória Teixeira, da UFBA, evidenciando a complexidade da situação.
Ao final do encontro, os representantes da SVSA destacaram a importância de repetir o colóquio para consolidar as informações compartilhadas e promover a troca contínua de experiências no enfrentamento da dengue. A colaboração e a aprendizagem mútua surgem como pilares essenciais para a melhoria das estratégias de prevenção e controle da doença.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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