Evento consultivo sobre criação da instituição, com participação de líderes indígenas, professores e estudantes, é importante para a Universidade.
O estado do Ceará foi palco de um importante encontro de povos originários, o 4º Seminário sobre Universidade Indígena, promovido pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), que discutiu a importância da valorização da cultura e do conhecimento dos povos indígenas.
O Seminário sobre Universidade Indígena reuniu representantes de diversas etnias para debater sobre a criação de políticas públicas voltadas para a educação indígena, visando fortalecer a presença e a participação dos povos originários na sociedade. A troca de experiências e a reflexão sobre a implementação de ações afirmativas em prol da Universidade Indígena foram temas centrais do evento.
Universidade Indígena: Seminário sobre Universidade Indígena em Fortaleza
Na terça-feira, 16 de julho, Fortaleza (CE) foi palco de um encontro crucial, reunindo líderes, professores e estudantes indígenas dos estados de Pernambuco, Paraíba e Alagoas. O objetivo central desses seminários é ouvir atentamente os povos originários do Brasil em relação à criação da Universidade Indígena, uma iniciativa de extrema importância.
Encontro de Povos Originários: Importância da Universidade Indígena
O evento, realizado em colaboração com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), é parte das ações do grupo de trabalho (GT) estabelecido pela Portaria nº 350/2024. Essa iniciativa visa fornecer subsídios para a criação, implementação e estruturação da instituição tão aguardada.
Durante o encontro, que contou com a presença de representantes de 305 povos indígenas no país, foi evidenciada a necessidade histórica de incluir a educação indígena nas políticas públicas brasileiras. A discussão, retomada com o atual governo, promete trazer avanços significativos nesse sentido.
Universidade Indígena: Debates e Perspectivas Futuras
Fernando Antônio dos Santos Matos, coordenador-geral de Articulação Institucional da Secretaria de Educação Superior (Sesu), descreveu o momento como histórico, destacando a importância de registrar as contribuições e sonhos dos povos indígenas para as gerações futuras.
Rita Potiguara, líder indígena e professora do povo do Sertão do Ceará, relembrou as batalhas travadas nas décadas passadas em prol da criação da Universidade Indígena. Ela elogiou os esforços da atual gestão do MEC na organização dos seminários, juntamente com o MPI e líderes regionais.
A programação do evento envolveu a formação de três grupos de trabalho, compostos por relatores indígenas, que responderam a questionamentos da equipe da Diretoria de Políticas de Educação Escolar Indígena da Secadi e do Conselho de Educação Escolar Indígena. Esses grupos ressaltaram o desejo dos povos indígenas do Ceará e Piauí por uma universidade intercultural que respeite a diversidade étnica do Brasil.
Universidade Indígena: Participantes e Próximos Passos
Entre os participantes estavam Pierangela da Cunha, Lucia Alberta, Marcos Xukuru, Sandro Potiguara e Eliel Benites. Esse encontro em Fortaleza foi o quarto de uma série de seminários que o MEC realizará ao longo de aproximadamente dois meses, abrangendo 12 estados brasileiros para ouvir atentamente os povos originários.
Com eventos anteriores em Salvador (BA), Campo Grande (MT) e Recife (PE), a jornada em direção à criação da Universidade Indígena segue seu curso, prometendo um futuro educacional mais inclusivo e diversificado para as comunidades indígenas do Brasil.
Fonte: © MEC GOV.br
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