Boletim médico: Apresentador com função renal retardada após transplante de órgão; cirurgião vascular realizará embolização.
O Hospital Israelita Albert Einstein, localizado em São Paulo, anunciou recentemente um comunicado sobre o quadro de saúde do apresentador Fausto Silva, conhecido como Faustão. De acordo com as informações divulgadas, o estado de Faustão é estável após ter realizado sessões de hemodiálise.
A hemodiálise é uma forma de diálise utilizada como terapia de substituição renal em pacientes com insuficiência renal crônica. Essa técnica consiste na filtragem do sangue por meio de um rim artificial, possibilitando a limpeza e equilíbrio de substâncias no organismo. Faustão está respondendo bem ao tratamento de hemodiálise e continua sob os cuidados da equipe médica especializada.
O paciente passando por sessões de hemodiálise
Ele também está conversando normalmente, segundo os médicos. Entretanto, o apresentador está passando por sessões de hemodiálise enquanto aguarda a adaptação do rim transplantado em 26 de fevereiro.
Procedimento de embolização e complicações na adaptação do órgão transplantado
Vale lembrar que, antes disso, Faustão precisou ser submetido a um procedimento chamado embolização devido a complicações na adaptação do órgão transplantado. A embolização é um procedimento médico utilizado para interromper o fluxo de sangue ou linfa em uma determinada região, segundo o cirurgião vascular Rafael Noronha, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.
O que é a terapia de substituição renal – hemodiálise
Em cirurgias de grande porte, como o transplante renal, esse procedimento pode ser necessário devido a lesões nos vasos linfáticos, embora seja considerado uma ocorrência rara. De acordo com especialistas, o prazo para retomada da função renal é de um a dois meses. Alexandre Sallum Bull, chefe de transplante renal do Hospital Santa Catarina-Paulista, explica que o procedimento é indicado quando os rins sofrem de alguma doença crônica que leve à perda de suas funções, ou seja, quando há uma insuficiência renal.
Atraso na função do enxerto renal e comorbidades associadas
De acordo com ele, 90% dos casos estão associados a pacientes com diabetes ou hipertensão. Consiste em conectar o paciente a uma máquina que desempenha o papel do órgão, removendo toxinas e resíduos do organismo. Em resumo, a hemodiálise é geralmente indicada às pessoas que estão na fila de espera para realizar o transplante.
Desafios enfrentados após o transplante de coração e rim
Agora, quando já houve a reposição do órgão, como é o caso do Faustão, a expectativa, em condições normais, é que o rim já consiga assumir sua função de filtrar o sangue de maneira efetiva logo nas primeiras semanas, resultando na liberação da hemodiálise. Porém, de acordo com Giulia Hatae, nefrologista da Beneficência Portuguesa (BP) de São Paulo, o apresentador se enquadra em um grupo de pacientes com a chamada função retardada do enxerto.
Esse atraso pode ser resultado de várias condições, incluindo comorbidades do paciente ou associadas ao próprio doador do órgão. Também vale ressaltar que, seis meses antes do transplante de rim, o apresentador também precisou enfrentar um transplante de coração, fator que colaborou com a perda de função dos rins.
Próximos passos e possíveis complicações pós-transplante
Com relação aos próximos passos, Sallum afirma que é difícil prever. A expectativa é que a função renal se estabilize entre um ou dois meses, mas podem ocorrer complicações como rejeição, infecções ou manifestações de características negativas do rim doado. Caso a função renal não venha a se estabilizar dentro desse prazo, o habitual é que realizem uma biópsia para uma avaliação mais precisa e, possivelmente, um novo transplante venha a ser exigido.
Fonte: @ Estadão
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