Clássico compositor sofreu doenças hepáticas graves, icterícia recursos, hepatites e renais. Alto risco, intoxicação genética: arsênio, mercúrio. Análises de DNA, níveis autenticados, complicadas, insights nuances. Genético: fatores de risco, infecção do genoma sequenciado.
Altos níveis de chumbo detectados em fios autenticados do cabelo de Ludwig van Beethoven (1770 – 1827) indicam que o músico tinha intoxicação por chumbo, o que pode ter influenciado as adversidades que ele enfrentou ao longo de sua existência, incluindo problemas de saúde, de acordo com uma nova análise. Além da perda auditiva, o renomado compositor clássico teve queixas gastrointestinais frequentes ao longo de sua vida, sofreu dois episódios de icterícia e enfrentou doenças hepáticas graves. Acredita-se que Beethoven tenha falecido de doença hepática e renal aos 56 anos.
As crônicas sobre a vida de Ludwig van Beethoven revelam um músico que, apesar dos desafios de saúde, não deixou de expressar sua genialidade musical. Seus desejos e anseios foram estudados e compartilhados ao longo dos séculos, tornando-o uma figura imortal da música clássica. A influência de Beethoven transcende sua morte, deixando um legado duradouro para as gerações futuras apreciarem e se inspirarem.
Beethoven, intoxicação: um quebra-cabeça crônico de saúde
Mas o processo de compreender o que causou os muitos problemas de saúde de Ludwig van Beethoven tem sido um enigma complexo. O renomado compositor expressou seu desejo de que seus problemas de saúde fossem minuciosamente estudados e compartilhados, na esperança de que o mundo pudesse se reconciliar com ele após sua morte.
Uma equipe internacional de pesquisadores embarcou em uma jornada há quase uma década para atender parcialmente ao desejo de Beethoven, focando em estudar mechas de seu cabelo. Através de análises de DNA, a equipe conseguiu identificar quais mechas eram autenticadas e pertenciam de fato ao compositor. O genoma de Beethoven foi sequenciado a partir dessas mechas autenticadas.
Os resultados revelaram que Beethoven possuía fatores de risco genético significativos para doenças hepáticas e uma infecção por hepatite B antes de seu falecimento. No entanto, as descobertas não forneceram insights conclusivos sobre as razões por trás de sua surdez precoce, que teve início quando ele tinha apenas 20 anos, nem sobre seus problemas gastrointestinais.
O genoma de Beethoven foi disponibilizado publicamente, convidando pesquisadores de todo o mundo a explorar questões persistentes relacionadas à saúde do músico clássico. Enquanto isso, os cientistas continuam a examinar minuciosamente as mechas autenticadas do cabelo de Beethoven, buscando insights surpreendentes.
Além das altas concentrações de chumbo previamente identificadas, novas descobertas revelaram a presença de arsênio e mercúrio nas mechas do compositor, mesmo quase dois séculos após sua morte. Esses detalhes, compartilhados em um recente artigo publicado no periódico Clinical Chemistry, podem abrir novas perspectivas não apenas para compreender as condições crônicas de saúde de Beethoven, mas também as complexidades de sua vida como compositor.
Um estudo anterior conduzido por Christian Reiter, ex-diretor do Centro de Medicina Legal da Universidade Médica de Viena, havia analisado o chamado Cabelo Hiller, uma amostra de cabelo associada a Beethoven. Reiter identificou altos níveis de chumbo nessa amostra, levantando a possibilidade de que o chumbo tenha contribuído para a surdez e possivelmente para a morte do compositor.
No entanto, a análise genômica de 2023 revelou que o Cabelo Hiller não pertencia a Beethoven, mas sim a uma mulher. A questão sobre a intoxicação por chumbo de Beethoven permaneceu em aberto, levando outra equipe de pesquisa a investigar evidências de chumbo em outras mechas autenticadas do cabelo do compositor.
Fonte: © CNN Brasil
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