Ferramenta inteligente de busca, capaz de localizar precedentes em justiça, desenvolvida para processar informações com maior velocidade. Usada na justiça brasileira, afera passos seguintes e acelera desenvolvimento do sistema, com regular supervisão humana. (149 caracteres)
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, destacou hoje a importância da inteligência artificial no Poder Judiciário, ressaltando o potencial da tecnologia para otimizar processos. Barroso mencionou como a inteligência artificial já está presente no dia a dia do STF, auxiliando na organização de processos e na definição de temas de repercussão geral.
Além disso, o ministro ressaltou que a IA pode contribuir significativamente para a eficiência e celeridade dos julgamentos, promovendo uma Justiça mais ágil e precisa. A implementação de ferramentas baseadas em inteligência artificial no âmbito judicial é um passo importante rumo à modernização e aprimoramento do sistema jurídico como um todo.
Desenvolvimento da Inteligência Artificial na Justiça
Em seguida, o presidente acrescentou os próximos passos, afirmando que o Tribunal está empenhado no desenvolvimento de uma ferramenta inteligência artificial capaz de localizar precedentes e que, no futuro, acredita que sentenças podem ser escritas por sistemas automatizados. Em breve, tenho certeza que teremos a IA escrevendo a primeira versão de sentenças’, disse o líder do Supremo, que na manhã desta terça-feira participou do encontro do J20, que reuniu no Rio de Janeiro presidentes e representantes de Supremas Cortes dos países integrantes do G20.
Em países com grande judicialização como o Brasil, por exemplo, em que o Supremo recebe 70 mil processos, em média, por ano, a inteligência artificial precisa ser adotada para acelerar o sistema de Justiça, defendeu o ministro. ‘Temos 85 milhões de casos no Brasil no momento, temos que ter ferramentas para acelerar as coisas.’ Para Barroso, a IA ‘pode tomar melhores decisões em muitas matérias, porque é capaz de processar mais informações com maior velocidade’. Tal tecnologia, contudo, envolve riscos e depende da supervisão humana, acrescentou.
A IA pode, por exemplo, ‘reproduzir os preconceitos que existem na sociedade, porque é alimentada por seres humanos’, disse Barroso. ‘Existem muitos riscos e uma discussão sobre regular a inteligência artificial para proteger direitos fundamentais, proteger a democracia’. O presidente do Supremo frisou que a IA ainda não consegue separar o certo do errado nem ter bom senso, e que por isso, depende da supervisão humana. As reuniões do J20 começaram na segunda-feira, 13, e se encerraram nesta terça, 14. Os encontros ocorreram no TJ/RJ.
Fonte: © Migalhas
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