Pesquisadores buscam a melhor formulação da proteína Anexina A1 para otimizar o tratamento de arboviroses. Nova etapa do estudo em camundongos avaliará a biodisponibilidade e efeito no hospedeiro.
Um estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está em andamento para aprimorar o tratamento de casos graves de dengue e auxiliar na sua identificação precoce. No final de fevereiro, mais de 1 milhão de casos da doença foram confirmados no Brasil, aumentando a preocupação das autoridades de saúde.
A pesquisa da UFMG também visa melhorar o tratamento de dengue em geral, buscando alternativas mais eficazes para combater os casos graves de dengue. É fundamental que medidas urgentes sejam tomadas para controlar a propagação da doença e evitar complicações ainda mais severas.
Proteína Anexina A1 e sua importância no tratamento de casos graves de dengue
Os dados, divulgados pelo Ministério da Saúde, ainda incluem 214 mortes e 687 casos em investigação. A pesquisa, iniciada em 2015 e publicada na revista internacional eLife em 2022, ganhou destaque ao revelar que a proteína Anexina A1 além de desempenhar um papel importante na identificação da gravidade da dengue, também representa um ‘freio’ para a inflamação desencadeada pela arbovirose. Segundo o estudo, nos casos mais graves, os índices da proteínas são mais baixos.
A descoberta da Anexina A1 no tratamento de dengue e casos graves de dengue
Além disso, os testes realizados em camundongos evidenciaram que os animais que receberam uma porção ativa da Anexina A1 desenvolveram formais mais leves da doença. As novas respostas da pesquisa. À CNN, a professora adjunta Vívian Vasconcelos Costa, que integra o Departamento de Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), explica sobre a nova etapa do estudo, também liderado pelos professores Mauro Martins Teixeira, do Departamento de Bioquímica e Imunologia, e Pedro Pires Guimarães, do Departamento de Biofísica e Fisiologia. ‘Buscamos construir formulações terapêuticas contendo a porção ativa da Anexina A1 que identificamos na pesquisa inicial visando reduzir a dose administrada e aumentar a biodisponibilidade e efeito no hospedeiro.
A importância da Anexina A1 no tratamento de casos mais graves de dengue
Estes estudos ainda serão realizados em modelos animais’, conta. Os desafios da nova etapa. No momento, de acordo com a especialista, os desafios estão em identificar a melhor formulação e avançar para a produção em maior quantidade e com qualidade adequada (produções em boas práticas de laboratório) para prosseguir com novos testes. ‘Isso perpassa por obtenção de novos recursos e também novas parcerias (empresas interessadas em produzir o produto)’, afirma Vivian. ‘Toda pesquisa pré-clínica (fase em que estamos) e clínica necessita de muitos recursos que permitirão o pagamento de mão de obra especializada (que envolve técnicos e estudantes especializados), manutenção da infraestrutura, compra de insumos e equipamentos’, finaliza.
Avanços na pesquisa para o tratamento de casos graves de dengue
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Fonte: © CNN Brasil
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