Investidores reagirão à repentina demissão de J.P. Prates sobre Petrobras, forças políticas, Centrão e PT, mercados abertos, ex-presidente Lula, governo, veículo de atuação, presidencial plano, Brasil.
A baixa das ações da Petrobras negociadas na bolsa de Nova York, de 7%, foi apenas um aperitivo do que deve ocorrer com os papéis aqui no Brasil logo na abertura dos mercados nesta quarta-feira. A reação dos investidores à demissão repentina de Jean Paul Prates será o primeiro recado do mercado à decisão do presidente Lula.
Os bastidores da demissão, reveladas pelo Caio Junqueira, confirmam que Prates caiu pelas forças políticas do Centrão e do PT no Palácio do Planalto. Alexandre Silveira e Rui Costa, ministros de Minas e Energia e Casa Civil, estavam na sala e viram de camarote a dispensa do agora ex-presidente da Petrobras. A atitude do presidente da República gerou um impacto imediato nos mercados financeiros.
Lula: o presidente da República e as forças em jogo
Não há como negar a influência de Lula nos rumos da política do Brasil. Desde sempre, ele deixou claro suas intenções em relação à Petrobras, e agora vemos seu plano se concretizando diante de nossos olhos. A decisão de Ricardo Lewandowski, ministro do STF, de suspender a Lei das Estatais foi crucial, abrindo as portas para a entrada de políticos no núcleo de gestão da empresa.
A alteração do estatuto da Petrobras foi mais um passo nessa direção, permitindo mudanças nos investimentos que apontam para um retrocesso em relação ao que vinha sendo feito. Com a queda de Prates e a ascensão de Magda Chambriard, indicada pela própria companhia, vemos a consolidação da conquista de Lula pelo comando total da estatal.
Chambriard tem laços estreitos com Graça Foster, ex-presidente da Petrobras no governo Dilma Rousseff, o que reforça a ideia de um grupo coeso que enxerga a empresa como parte integrante do governo, sem a necessidade de gerar lucros. Essa visão deve guiar as ações do presidente da República, consolidando a presença do PT e sua agenda na Petrobras.
A abertura de mercados, a reação de investidores e a dispensa do agora ex-presidente Prates são apenas alguns dos elementos que compõem esse cenário complexo. A política do Centrão e a política do PT se entrelaçam nesse jogo de interesses, onde a Petrobras se torna o epicentro de disputas e estratégias.
A planilha para entrada de políticos, a alteração do estatuto, o grupo coeso de apoiadores de Lula e a visão de que a Petrobras é um instrumento do governo se tornam cada vez mais evidentes. O plano do presidente está em curso, e a República Brasil assiste a mais uma etapa na trajetória de conquista de Lula.
É um momento de mudanças e desafios, onde as forças políticas se movem em busca de seus interesses, e a Petrobras se mantém no centro das atenções, pelo comando total que Lula almeja alcançar. O futuro da estatal e suas ramificações na economia do país estão em jogo, e as consequências dessa nova fase podem ser profundas e duradouras.
Fonte: © CNN Brasil
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