Na entrevista ao NeoFeed, Felipe Guerra, CIO da Legacy Capital, discute a divisada decisão do Copom de reduzir a Selic em 0,25 ponto %, enfatizando a recepção do mercado para a posição cautelosa sobre inflação e termos: período, de espera, Copom, mudança, resultados, fiscal, comunicação, Banco Central, volatilidade, enorme. (146 caracteres)
Entre os dias 20 de março e 8 de maio, período que separa as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, uma série de eventos apontava que a decisão em relação fiscal-monetária poderia surpreender as projeções do mercado.
No entanto, mesmo com a incerteza no cenário econômico, a relação fiscal-monetária continuava sendo o foco das discussões entre os analistas financeiros; afinal, a interdependência entre esses dois aspectos é crucial para a estabilidade econômica do país.
Relação Fiscal-Monetária em Destaque
Durante o período de espera dos Copom, a mudança nos resultados das contas públicas gerou uma enorme volatilidade nos mercados, refletindo a relação fiscal-monetária em jogo. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enfatizou a importância dessa relação durante o encontro do Fundo Monetário Internacional em Washington, destacando que as âncoras fiscal e monetária estão intrinsecamente ligadas.
Enquanto isso, a comunicação do Banco Central foi posta à prova, com o mercado reagindo de forma intensa às expectativas de corte na Selic. A incerteza em torno do cenário fiscal levou a uma queda do dólar próximo a R$ 5,30 e a um aumento nos preços do petróleo, atingindo os US$ 90 por barril. Além disso, o adiamento do Federal Reserve em reduzir as taxas de juros nos Estados Unidos provocou um aumento nos prêmios dos títulos do Tesouro americano.
Felipe Guerra, CIO da Legacy Capital, expressou preocupação com a atuação do Banco Central, descrevendo-a como pouco serena e pouco habilidosa. A mudança abrupta na política monetária em meio a um contexto de instabilidade global resultou em uma volatilidade significativa nos mercados financeiros.
A expectativa de um corte de 0,25 ponto percentual na Selic gerou tensões dentro do Comitê do Banco Central, com Guerra apontando para um possível racha nas decisões. A Legacy Capital, com um fundo de investimento de aproximadamente R$ 24 bilhões sob gestão, manteve uma postura cautelosa, priorizando investimentos em ações de empresas americanas e em juros longos da dívida dos Estados Unidos.
No contexto atual, a Legacy Capital mantém uma posição defensiva, utilizando o dólar como hedge em seu portfólio e concentrando-se em ativos globais, como commodities. A estratégia da gestora reflete a incerteza presente nos mercados, com a bolsa brasileira sendo avaliada como descontada, mas ainda carecendo de catalisadores para uma recuperação expressiva. A divisão da posição em ações entre long e short reflete a abordagem cautelosa da gestora diante do cenário econômico atual.
Fonte: @ NEO FEED
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